A médica Marília Dalprá, de 67 anos, recebeu alta hospitalar após ser violentamente agredida durante um assalto na Zona Oeste de São Paulo. O incidente ocorreu na madrugada de sábado (15), enquanto ela corria em sua rotina matinal, hábito mantido por 15 anos. Marília sofreu fraturas em uma vértebra e em uma costela, além de contusão pulmonar, após ser abordada por criminosos que a chutaram e morderam. Abalada, ela declarou que, devido ao trauma, pretende alterar sua rotina: ‘Agora, tenho medo’.
Este caso ressalta a crescente preocupação com a segurança de profissionais de saúde em São Paulo. Incidentes anteriores, como o do médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, que foi dopado e agredido até a morte durante um assalto em sua residência em São Bernardo do Campo, evidenciam a vulnerabilidade desses profissionais. No caso de Aurélio, os criminosos socializaram com a vítima antes de anunciar o roubo, resultando em um desfecho trágico.
Com a mão toda machucada, Marília relatou o drama vivido. “Eles me pediram o celular. Mas, como não uso celular para correr, pediram a aliança. Expliquei que a aliança não sai, que não é fácil sair do dedo porque sou casada há 47 anos e ela nunca saiu do dedo. Já tentei tirar algumas vezes, até conseguir, foi com muito custo. Porque ela não sai assim fácil”, contou.
A médica disse que, a partir daí, os assaltantes ficaram muito nervosos e começaram a agredi-la.
“Um deles tentou tirar a aliança a dentadas, mordeu toda a minha mão, mas não conseguiu. Quando viu que não conseguiu, o outro que estava na moto me derrubou e me deu vários chutes”, disse.
A Polícia Civil está investigando o ataque a Marília Dalprá, buscando identificar e prender os responsáveis. Enquanto isso, a comunidade médica e a sociedade em geral clamam por medidas mais efetivas para garantir a segurança, especialmente daqueles que dedicam suas vidas ao cuidado da população.