Recentemente, o programa “Profissão Repórter” destacou um fenômeno preocupante: o uso crescente de medicamentos para disfunção erétil por jovens em bares de São Paulo. Muitos desses indivíduos, sem problemas de ereção, recorrem a esses fármacos com a intenção de prolongar o prazer sexual e aumentar a confiança durante as relações.
Estudos indicam que cerca de 40% dos homens entre 22 e 40 anos utilizam esses medicamentos de forma recreativa, buscando múltiplas ereções em um curto período. Essa prática, porém, não é isenta de riscos. Especialistas alertam para possíveis efeitos adversos, como dores de cabeça, priapismo (ereção prolongada e dolorosa) e, em casos extremos, dependência psicológica. Além disso, a combinação desses medicamentos com álcool pode potencializar comportamentos de risco, incluindo relações sexuais desprotegidas.
A psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que muitos jovens recorrem a esses medicamentos por insegurança ou desejo de melhorar o desempenho sexual, mesmo sem necessidade clínica. Ela enfatiza a importância de uma educação sexual adequada e de consultas médicas antes do uso de qualquer medicação para disfunção erétil.
É crucial que os jovens compreendam os riscos associados ao uso indiscriminado desses medicamentos e busquem orientação profissional antes de qualquer decisão relacionada à saúde sexual.