
Família aguarda por justiça 12 anos após o desaparecimento da jovem em Catalão
Após 12 anos do desaparecimento de Priscila Brenda, um novo julgamento foi marcado para a próxima segunda-feira, 17 de março, em Catalão. O caso ganhou repercussão nacional, pois o corpo da jovem nunca foi encontrado. O principal acusado, Paulo Vitor Azevedo, ex-namorado da vítima, chegou a ser condenado, mas a sentença foi anulada por irregularidades no júri.
Por que o julgamento foi anulado?
Em abril de 2023, Paulo Vitor foi condenado a 18 anos de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. No entanto, a defesa do réu conseguiu a anulação da sentença após um dos jurados ter feito uma publicação nas redes sociais pedindo justiça para Priscila. O Tribunal entendeu que a imparcialidade do julgamento foi comprometida.
A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre Bizzotto, que ressaltou que a jurada não teve intenção de influenciar o caso, mas que a manifestação pública violou o princípio do sigilo da votação do júri. Com isso, o julgamento foi cancelado, e um novo foi agendado.
Outro acusado, Claudomiro Marinho Júnior, amigo de Paulo Vitor, chegou a ser réu no processo, mas foi absolvido e não será julgado novamente.
O que se sabe sobre o desaparecimento?
Priscila Brenda desapareceu no dia 11 de dezembro de 2012, quando tinha 14 anos. Testemunhas afirmam que a última vez que foi vista, ela estava entrando no carro de Paulo Vitor, que estava acompanhado de Claudomiro.
As investigações levaram ao indiciamento da dupla em 2014, mesmo sem o corpo ter sido encontrado. Na época, a delegada responsável pelo caso afirmou que havia fortes indícios de assassinato.
Paulo Vitor ficou foragido por um tempo, mas se entregou à polícia em fevereiro de 2014. Ele sempre negou envolvimento no desaparecimento, alegando que encontrou Priscila no dia do sumiço, mas que ela não entrou no carro.
Novo julgamento será decisivo
O novo júri ocorrerá no Fórum de Catalão, a partir das 8h30 do dia 17 de março. A sessão contará com 26 jurados, 12 testemunhas e dois promotores do Ministério Público de Goiás (MPGO). A família de Priscila espera que, desta vez, o caso tenha um desfecho definitivo e que a justiça seja feita.