A Polícia Civil investiga denuncia relacionada a um adolescente de 16 anos que foi vítima de ameaças e roubo de celular, em um caso que supostamente envolve o deputado federal Professor Alcides (PL). A delegada responsável, Sayonara Lemgruber, não forneceu detalhes adicionais, já que as investigações ainda estão em andamento.
Na última quinta-feira (12), três pessoas foram presas em Aparecida de Goiânia, suspeitas de ameaçar e roubar o jovem com o objetivo de apagar provas de uma suposta relação entre ele e o parlamentar.
Um dos detidos, identificado como “Leno”, é segurança do deputado e foi preso na residência do parlamentar. Professor Alcides, afirmou que não tinha conhecimento da operação, pois estava em Brasília. No entanto, confirmou que “Leno” mora em sua casa e atua como seu segurança em Aparecida.
A operação, chamada Peneira, foi conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia. Segundo as investigações, os suspeitos invadiram a casa do adolescente, armados, para forçá-lo a apagar imagens íntimas que ele teria trocado pela internet com o deputado.
Além de roubarem o celular da vítima, os acusados também exigiram, sob ameaça, que ele fornecesse a senha do aparelho para excluir os arquivos armazenados na “nuvem”.
A mãe do adolescente acusa diretamente o deputado federal Alcides Ribeiro (PL) de ter abusado sexualmente de seu filho, quando ele tinha apenas 13 anos, em 2021.
O deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL) divulgou, na noite desta quinta-feira (12), uma nota pública em que revelou ser homossexual e repudiou as acusações envolvendo seu nome em uma investigação policial sobre crimes contra um adolescente de 16 anos. Em sua declaração, o parlamentar classificou as alegações como “mentiras deslavadas” e acusou a Polícia Civil de Goiás de realizar uma operação “midiática e espetaculosa”.
Professor Alcides, que é empresário e já foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, afirmou que as acusações têm o objetivo de “enxovalhar” sua trajetória e sua honra. Ele criticou o uso de sua orientação sexual como ferramenta política, declarando: “Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim.” O deputado também denunciou a homofobia e prometeu processar aqueles que, segundo ele, tentam prejudicar sua reputação.
Na nota, o parlamentar destacou sua atuação pública e o apoio recebido dos eleitores goianos, posicionando-se como vítima de preconceito e perseguição política. Ele afirmou que recorrerá à Justiça contra os responsáveis pelo que chamou de “circo de horrores”.
A investigação, conduzida pela Polícia Civil de Goiás, apura denúncias relacionadas a ameaças e roubos contra o adolescente, supostamente envolvendo um segurança do parlamentar. Antes de se pronunciar publicamente, Professor Alcides confirmou ao portal Mais Goiás que um dos suspeitos presos, identificado como Leno, trabalhava para ele como segurança e residia em sua casa, local onde ocorreu a detenção.
Nota do Deputado na integra:
“Tentam estabelecer uma narrativa desonesta, baseada na distorção de fatos que teriam ocorrido e que supostamente envolveriam indiretamente meu nome. Nada de verdadeiro! Nenhum fato concreto, uma repetição vergonhosa de mentiras e a utilização abjeta do aparato policial do Estado. Há, sim, uma absurda utilização de acusações que não se sustentam, que não merecem credibilidade, que trazem a inequívoca marca da mentira mais deslavada.
Rechaço de forma veemente o envolvimento de meu nome num cipoal de inverdades, adrede concebidas pelos que, em momento político delicadíssimo no país, embalam o circo midiático montado pela espetaculosa “Operação Peneira”.
Sou empresário de sucesso, educador de muitas gerações de goianas e goianos, deputado federal eleito com grande votação pela generosidade do povo de Goiás. Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim.
Processarei todos os que tentam enxovalhar meu nome limpo, minha trajetória de vida impecável, tentando manchar a correção pessoal, profissional e empresarial que a norteia. Me reconheço como homossexual. Sofri por toda minha vida inúmeras formas de preconceito. A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime.
Corruptos pegos nas teias de abusos, manipulações e diversos crimes e que se encontram às voltas com a justiça, de forma solerte utilizam minha opção sexual – à qual exijo respeito – para a montagem de um circo de horrores onde buscam salvar-se à custa do sacrifício de minha honra pessoal. Minha honra pertence a mim, aos meus parentes, aos meus amigos, aos meus eleitores, aos meus alunos, não aos detratores contumazes da moral alheia.
Agradeço as milhares de manifestações recebidas de todo o Estado de Goiás e de todo o Brasil. Não me calarei! Levarei às barras da justiça as ratazanas roedoras que tentam acabar com minha reputação”.
Alcides Ribeiro Filho
Deputado Federal