
Reconhecimento fortalece a pecuária goiana e abre novas oportunidades no mercado internacional
Nesta terça-feira (25/03), Goiás celebra um ano do reconhecimento oficial como zona livre de febre aftosa sem vacinação, um marco importante para o setor agropecuário. A conquista, anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2024, consolidou o estado como referência em sanidade animal, impulsionando a competitividade da pecuária goiana no mercado global.
O status sanitário permite que Goiás amplie suas exportações para países que possuem regras mais rigorosas de controle sanitário, além de reduzir custos para os pecuaristas, que não precisam mais investir na imunização do rebanho.
Reconhecimento internacional em andamento
O Brasil já recebeu aprovação da Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. No entanto, a certificação final depende da aprovação dos países-membros da OMSA, com decisão prevista para maio, em Paris, na França.
Segundo Rafael Vieira, diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, essa certificação chega em um momento estratégico, uma vez que países europeus como Alemanha, Eslováquia e Hungria voltaram a registrar casos da doença. “Estamos demonstrando ao mundo a excelência sanitária e a sustentabilidade da pecuária goiana, fruto do esforço conjunto entre governo, produtores e entidades do setor”, destacou.
Compromisso com a vigilância sanitária
Para alcançar esse status, Goiás seguiu rigorosamente as diretrizes do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PNEFA), encerrando a vacinação em novembro de 2022. Apesar da retirada da imunização, a vigilância continua ativa, com ações como:
✅ Fiscalização intensificada nas fronteiras estaduais
✅ Orientação e educação sanitária para pecuaristas
✅ Aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade do rebanho
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que a manutenção do status sanitário é uma prioridade. “A retirada da vacinação foi uma estratégia fundamental para fortalecer a pecuária goiana no cenário internacional. Agora, Goiás está ainda mais competitivo, ampliando as oportunidades de exportação da carne bovina e de outros produtos agropecuários.”